domingo, 18 de novembro de 2012

Entrevista a um Switcher

M- O que é que o fascina neste meio?

S.R - O que me fascina são as possibilidades. No bdsm pode-se ser e fazer quase de tudo o que se pode imaginar.


M- Fale-nos um pouco sobre como é ser Switcher? Alguma vez se sentiu descriminado ou alguém a ser, dentro do próprio meio?

S.R- Penso que ser switcher não é tão diferente de ser apenas dom ou sub, apenas me dá gozo praticar ambos, e claro que quando pratico estou focado apenas no lado em que me encontro. A unica diferença que acho é que há uma maior divercidade na troca de papeis, e quando somos sub estamos a aprender uns truques para quando formos nós os doms.
Nunca senti descriminação porque começei à pouco tempo mas mesmo assim sinto-me bem e é o que importa, penso que ninguém entra no mundo do bdsm com medo de preconceitos e opiniões alheias.


M- Conte-nos o seu desejo sexual.

S.R- Eu ainda tenho muito para experimentar, por isso os meus desejos podem ir mudando. Mas neste  momento o meu maior desejo é praticar um pouco de bondage nos bosques, dominando. Talvez juntar um pouco de rape fantasy.


M- Como é que se deu conta que gostava de BDSM?

S.R- Sempre fui submisso no meu dia-a-dia, mas por outro lado, no fundo tinha grande vontade de dar as ordens para variar. Essas partes da minha personalidade foram gradualmente passando para a minha vida íntima, sob a forma de fetiches.


M- Que tipo de ordens gosta de dar?

S.R- Eu gosto de ordens com o objetivo de tratar a submissa como uma verdadeira cadela, ou seja, sou mais do tipo de animal play, quero-a sempre de quatro, comer no chão e “treino-a”.


M- Com que idade começou a praticar?

S.R- Começei aos 21, quando conheci alguém que partilhava esses mesmos gostos.


M- Conte-nos a sua primeira experiência.

S.R- Foi com essa mesma pessoa. Depois de muita conversa sobre Bdsm, começou a provocar-me, dando-me ordens. Nesse momento confirmei o meu gosto pois à medida que obedecia isso deixava-me excitado e esperando mais. Mais tarde, decidi tentar eu provocá-la a ela, chamando-a de cadela  dando-lhe regras para cumprir e planeando castigos, e ver as suas reacções também me deixava louco.


M- E como ela reagiu?

S.R- Pode-se dizer que adorou, visto que durante um longo período de tempo passei a ser eu sempre a dominar.


M- Você está dividido entre dois lados, a submissão e a dominação. Explique-nos como é que é viver dividido.

S.R- O problema é que não vivo dividido. Essa pergunta soa quase como o que pensei a primeira vez “mas afinal sou submisso ou dominador?”. Eu sou ambos e para mim é-me natural. A única divisão é na altura de praticar, claro, e nesses casos é à vez (risos).


M- O que é que lhe dá prazer na submissão e o que lhe dá prazer na dominação?

S.R- Na submissão o que me dá prazer é entregar-me à minha parceira, deixá-la fazer de mim o que quiser, ironicamente isso dá-me uma sensação de liberdade muito afrodisiaca.
Na dominação o prazer vem do poder, saber que as minhas ordens não são contestadas e que o dever da cadelinha é satisfazer todos os meus desejos ou é castigada. A minha palavra é lei e isso dá-me gozo.


M- Mas qual dos lados prefere? Deve ter uma preferência não?

S.R- Se tivesse de escolher o favorito, diria dominação. Eu sou submisso por natureza, por isso submissão é algo que vem com facilidade. Mas tal como tinha dito, sempre tive o desejo de assumir o comando, por isso, apesar de ainda não ter tanto jeito, prefiro ser o dominador.

M- Se algum dia encontrar uma domme, é capaz de viver sem mandar?

S.R- Se encontrar alguém, seja totalmente domme ou submissa, com quem decida partilhar a minha vida, penso que sim. Eu gosto dos dois, estou disposto a praticar apenas um enquanto o outro passa a ser boas lembranças.

Obrigada pela sua disponibilidade Senhor R.
Espero que gostem caros leitores em breve virão mais entrevistas ;D

Beijinhos Mary

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